quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Políticas de austeridade condenadas ao fracasso

Após do inicio da crise financeira, os governos dos países desenvolvidos tentam regressar ao equilíbrio orçamental, apesar de haver um maior desemprego e a economia estar deprimente.
Actualmente, as ideias que inspiraram as políticas aplicadas antes da crise estão desmoralizadas. A ideia central é da pretensa “grande moderação”. Segundo esta tese estaríamos atravessar uma crise, ou seja um período de volatilidade cada vez menor de produção, do desemprego e de outras variáveis económicas. Por isso, a política monetária permitiria garantir um nível bastante favorável de estabilidade macroeconómica e por sua vez, a politica orçamental deveria centrar-se no equilíbrio das finanças públicas.
A grande moderação centra-se na hipótese de eficiência dos mercados financeiros, de acordo com a qual os preços fixados por esses mercados representam a melhor expectativa possível do valor qualquer activo, logo a desregulamentação contribui para estabilizar a economia real.
Estas ideias foram desmentidas pela crise mundial e pelo sucesso das políticas do incentivo adoptadas.
Os países como a Islândia e a Irlanda não podem optar por adiar medidas para a redução do défice pois se forem sensatos, a FMI (Fundo Monetário Internacional) centrar-se-ão em correcção estruturais a longo prazo e não em cortes orçamentais a curto prazo.
É possível comparar com precisão melhorias estruturais do equilíbrio orçamental a longo e a curto prazo, utilizando o conceito de valor actualizado.

Segundo essa lógica uma diminuição sustentável do défice orçamental equivalente a 0,5% do PIB tem o mesmo valor actual que uma forte redução da despesa equivalente a 10% do PIB, ao longo do ano.
Segundo o economista australiano, a austeridade não faz nenhum sentido no caso dos países cuja economia está deprimida, mas cujo endividamento é possível de ser gerido e que podem contrair empréstimos a taxa de juros moderados. Sá a poucas situações a austeridade pode fazer diferença entre o incumprimento ou o salvamento.
Os países fortemente endividados deverão manter-se elevados enquanto a austeridade continuar a ser opção.

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