Após do inicio da crise financeira, os governos dos países desenvolvidos tentam regressar ao equilíbrio orçamental, apesar de haver um maior desemprego e a economia estar deprimente.
Actualmente, as ideias que inspiraram as políticas aplicadas antes da crise estão desmoralizadas. A ideia central é da pretensa “grande moderação”. Segundo esta tese estaríamos atravessar uma crise, ou seja um período de volatilidade cada vez menor de produção, do desemprego e de outras variáveis económicas. Por isso, a política monetária permitiria garantir um nível bastante favorável de estabilidade macroeconómica e por sua vez, a politica orçamental deveria centrar-se no equilíbrio das finanças públicas.
A grande moderação centra-se na hipótese de eficiência dos mercados financeiros, de acordo com a qual os preços fixados por esses mercados representam a melhor expectativa possível do valor qualquer activo, logo a desregulamentação contribui para estabilizar a economia real.
Estas ideias foram desmentidas pela crise mundial e pelo sucesso das políticas do incentivo adoptadas.
Os países como a Islândia e a Irlanda não podem optar por adiar medidas para a redução do défice pois se forem sensatos, a FMI (Fundo Monetário Internacional) centrar-se-ão em correcção estruturais a longo prazo e não em cortes orçamentais a curto prazo.
É possível comparar com precisão melhorias estruturais do equilíbrio orçamental a longo e a curto prazo, utilizando o conceito de valor actualizado.
Segundo essa lógica uma diminuição sustentável do défice orçamental equivalente a 0,5% do PIB tem o mesmo valor actual que uma forte redução da despesa equivalente a 10% do PIB, ao longo do ano.
Segundo o economista australiano, a austeridade não faz nenhum sentido no caso dos países cuja economia está deprimida, mas cujo endividamento é possível de ser gerido e que podem contrair empréstimos a taxa de juros moderados. Sá a poucas situações a austeridade pode fazer diferença entre o incumprimento ou o salvamento.
Os países fortemente endividados deverão manter-se elevados enquanto a austeridade continuar a ser opção.
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